domingo, 23 de dezembro de 2012
Escritório
No escritório:
-Dizem que ele se casou com a Raimunda.
-Aquela mesmo?
-...
-Acertou a boa.
Campos, Ricardo-Diálogos rápidos, pois a vida é passageira-Literatura brasileira-Dezembro 2012.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Fim do M(aia)undo.
Acabou?
-Não!
-Maldito calendário Maia.
-...
Campos, Ricardo-Diálogos rápidos, pois a vida é passageira-Literatura brasileira-Dezembro 2012.
meu pai têm disco de vinil do raul seixas e uma vitrola que não funciona.
-coleção bem empoeirada hein, velho?
-falta agulha na vitrola. (não entendeu a pergunta)
-com um pouco de sorte...
-salve raul!
-amém!
campos, ricardo-diálogos rápidos, pois a vida é passageira-literatura brasileira-dezembro 2012.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
concreto
haver
na vi o s
navegantes
Campos, Ricardo-Literatura
Brasileira-Poesia Concreta- Novembro 2012.
domingo, 14 de outubro de 2012
a mão, o beijo (íntimo)
“O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.”
A mão que afaga é a mesma que apedreja.”
Augusto dos
Anjos
a mão afaga
a mão apedreja
os anjos augustos...
beija a boca
que pragueja
estúpida mão
que trabalha
e caleja
ricardo campos
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Processo de ó(cio)fício
-Qual é o seu ócio?
-Poesia.
-De fato ou de direito?
-Poesia.
-De fato ou de direito?
-De poetizar o tempo.
-Passado, presente ou futuro?
-Todos os possíveis.
-Fale um verso, declame!
-Não posso.
-Por que, não?
-Agora apenas sinto a poesia...
-Não entendo
-Não é para ser entendido, apenas sinta.
-Prendam-no, já!
Campos, Ricardo- Prosa-minicontos-Literatura Brasileira-2012. Série- minicontos-2012
-Passado, presente ou futuro?
-Todos os possíveis.
-Fale um verso, declame!
-Não posso.
-Por que, não?
-Agora apenas sinto a poesia...
-Não entendo
-Não é para ser entendido, apenas sinta.
-Prendam-no, já!
Campos, Ricardo- Prosa-minicontos-Literatura Brasileira-2012. Série- minicontos-2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Sobressalto
“Essa
menina é a minha tentação. Eu beijo. Eu mordo. Eu me perco, doutor”.
Dalton
Trevisan
Entrou
no quarto de sobressalto e, pegou-a por trás. Estava com sutiã vermelho de
renda... Os cabelos cacheados, soltos, levemente dourados e despenteados. Um
corpo (ninfeta) de deixar qualquer um de joelhos. Mas era tão jovem, sedutora,
tentadora...
-Não
vai demorar muito, meu anjo.
-Depressa
antes que papai chegue.
Fim
Campos, Ricardo- Prosa-minicontos-Literatura
Brasileira-2012. Série- minicontos [sacanas]-2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
a propaganda: é a arma do refrigerante
-o que te mata?
-o que te consola?
-idolatra?
-pepsi ou coca-cola?
*Campos, Ricardo.
Poesia/marginal/literatura Brasileira. Série: pequenos poemas [surtos
poéticos]-2012
Ricardo Campos
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
anúncio
anúncio
restos mortais de tijolos esquecidos do casarão abandonado na rua dois de maio em cruzamento com avenida treze de julho do século vinte (Séc.xx) do ano de mil novecentos e doze (1912) às nove horas (9:00 Hs) de uma manhã de poucas nuvens e sem previsão de chuva.
demolido
demolido
sábado, 4 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
8 da manhã
8 da manhã...
sol desconf i g u r a d o,
(des)conectado
parcialmente às brancas nuvens:
apaga-adão...
-como sinto falta da *erva!
a lua resiste bravamente
à sedução matutina do dia...
os pássaros voam desvairados:
impregnados de céu e liberdade.
8 da manhã...
as cores e os poetas são marginais.
na torre de controle alguém diz:
-céu de brigadeiro! permissão para
pouso e sacanagem.
sol desconf i g u r a d o,
(des)conectado
parcialmente às brancas nuvens:
apaga-adão...
-como sinto falta da *erva!
a lua resiste bravamente
à sedução matutina do dia...
os pássaros voam desvairados:
impregnados de céu e liberdade.
8 da manhã...
as cores e os poetas são marginais.
na torre de controle alguém diz:
-céu de brigadeiro! permissão para
pouso e sacanagem.
Ricardo Campos.
“ *erva-mate
[De erva + mate2.] Substantivo feminino 1.Bot. Planta da família das aquifoliáceas (Ilex paraguariensis), de cujas folhas se faz um chá saboroso e muito apreciado e saudável; mate. [Sin., bras., S.: congonha. Pl.: ervas-mates e ervas-mate.]” Fonte:Dicionário Aurélio. |
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