sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sobressalto


“Essa menina é a minha tentação. Eu beijo. Eu mordo. Eu me perco, doutor”.
Dalton Trevisan



Entrou no quarto de sobressalto e, pegou-a por trás. Estava com sutiã vermelho de renda... Os cabelos cacheados, soltos, levemente dourados e despenteados. Um corpo (ninfeta) de deixar qualquer um de joelhos. Mas era tão jovem, sedutora, tentadora...
-Não vai demorar muito, meu anjo.
-Depressa antes que papai chegue.

Fim 

 
Campos, Ricardo- Prosa-minicontos-Literatura Brasileira-2012. Série- minicontos [sacanas]-2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

a propaganda: é a arma do refrigerante



-o que te mata?
-o que te consola?
-idolatra?
-pepsi ou coca-cola?










*Campos, Ricardo. Poesia/marginal/literatura Brasileira. Série: pequenos poemas [surtos poéticos]-2012





Ricardo Campos

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

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restos mortais de tijolos esquecidos do casarão abandonado na rua dois de maio em cruzamento com avenida treze de julho do século vinte (Séc.xx) do ano de mil novecentos e doze (1912) às nove horas (9:00 Hs) de uma manhã de poucas nuvens e sem previsão de chuva.


demolido

sábado, 4 de agosto de 2012

detritos poéticos



Q
              U
    e
           B
          R
 a
                  m a r
                            
             
r e s s a  c a

[d e t r i t o s poéticos]

pulo do sapo

o
sapo
pul a
salto
d a
divisa
o
s a p o
p u l a
s a l t o
d a
d i v i s a
o
sapo
pula
salto
d a
divisa








quarta-feira, 1 de agosto de 2012

8 da manhã

8 da manhã...
sol desconf i g u r a d o,
(des)conectado
parcialmente às brancas nuvens:
apaga-adão...
-como sinto falta da *erva!
a lua resiste bravamente
à sedução matutina do dia...
os pássaros voam desvairados:
impregnados de céu e liberdade.
8 da manhã...
as cores e os poetas são marginais.
na torre de controle alguém diz:
-céu de brigadeiro! permissão para
pouso e sacanagem.

Ricardo Campos.
primeiro de agosto do ano de dois mil e doze do pão nosso de cada poesia.
 *erva-mate
[De erva + mate2.]
Substantivo feminino
1.Bot. Planta da família das aquifoliáceas (Ilex paraguariensis), de cujas folhas se faz um chá saboroso e muito apreciado e saudável; mate. [Sin., bras., S.: congonha. Pl.: ervas-mates e ervas-mate.]”  Fonte:Dicionário Aurélio.